domingo, 30 de agosto de 2015

Da Animação Cultural

A humanidade ter admitido sempre a superioridade da objetividade sobre a animalidade é uma ideia que muito me impacta, uma vez que nós, seres humanos, subestimamos os nossos instintos, paixões e sentimentos para louvar algo tão racional e limitado que é a objetividade. Assim como foi tratado por um dos colegas na última aula, acredito que esse fato não seja positivo considerando que os elementos da animalidade são fundamentais para a expressão da nossa capacidade de criação, característica primordial, que ao meu ver, nos difere e nos sobrepõe aos objetos. Outro entendimento interessante tratado no texto é a ideia de que o ser humano, hoje, é extremamente dependente do objeto; de fato, nos parece impossível imaginar um dia sem eletricidade, sem meios de transporte ou até sem vestimentas. Não contrapondo ao que escrevi anteriormente, senão complementando com algo que não havia pensado, outro colega tratou isso de uma forma intrigante: assemelha-se a um paradoxo pensar que o homem criou o objeto para se tornar cada vez mais independente e superior na lógica de trabalho, no entanto, hoje é extremamente submisso à sua própria criação. Dessa forma, se não aproveitarmos da nossa liberdade de criação e não nos diferenciarmos de máquinas programadas, a tendência é de nos tornarmos cada vez mais próximos aos objetos, até que seja possível a “revolução” tratada no texto de Vilém Flusser e se concretize a nossa subordinação a eles.